Na terra seca,
Quando a safra não é boa,
Sabiá não entoa,
Não dá milho nem feijão,
Na Paraíba, Ceará, nas Alagoa,
Retirante que passam,
Vão cantando seu rojão.
Lá, lá, lá, lá...
Meu São Pedro me ajude,
Mande chuva, chuva boa,
Chuva esteiro, chuva estio,
Nem que seja uma garoa.
Uma vez choveu na terra seca,
Sabiá então cantou,
Houve lá tanta fartura,
Que o pau-de-arara voltou.
Lá, lá, lá, lá ...
Oi Graças a Deus,
Choveu, garoou !
E já vai tempo,
Que choveu pra gente boa,
Nunca mais deu garoa,
Nem deu milho e feijão,
E os retirantes,
Diz que não desacorçoa,
Vão rezando uma prece,
Vão cantando o seu rojão !...
Lá, lá, lá, lá...